Eleitores em Marituba, na região metropolitana de Belém, estão inseguros com a nova eleição municipal marcada para o próximo domingo (4). Cerca de 70 mil pessoas, com idade entre 18 e 70 anos, devem ir às urnas para eleger o novo prefeito. O candidato que recebeu mais de 50% dos votos na votação em 2012, Mário Filho (PDT), apesar de ter sido o mais votado, teve os seus votos anulados por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Alguns eleitores se sentem inseguros com a atual situação dos candidatos. “Hoje a gente está sabendo que um está impugnado, amanhã já não está mais”, reclama a contabilista Miriam Cristina. “Está meio complicado, todo mundo está em dúvida, não sabe em quem votar”, pontua o autônomo Dionildo Silva.
Apesar das complicações e da demora para Marituba ter um novo prefeito, o estudante Waldiney Xavier tem esperanças quanto ao novo gestor. “Bem claro não está, mas a gente espera que aconteça o melhor possível, que realmente ocorra essa eleição e que a pessoa que ganhe possa assumir”, comenta.
Marituba teve eleição para prefeito como todos os municípios do Brasil em outubro de 2012, mas o candidato escolhido pela população nas urnas, Mário Filho teve a candidatura impugnada pela Justiça Eleitoral. O motivo foi irregularidades com a prestação de contas de uma campanha anterior, em 2008. Como ele foi eleito com a metade dos votos, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu realizar uma nova eleição para escolher o prefeito do município.
Até esta quarta-feira (31), três candidatos estão aptos para receber votos na eleição, mas nas urnas haverá quatro opções. “O candidato Mário Filho tem o nome dele constando na urna, mas ele não concorre mais. Se ele indicar um substituto dentro do prazo, os votos dados a ele migrarão para esse substituto. Se ele não indicar um substituto, os votos dados a ele serão considerados nulos”, informou o juiz eleitoral Raimundo Santana.
Regras para eleição
A votação deste domingo segue as mesmas regras da votação comum, que inicia às 8h e termina às 17h. O voto é obrigatório para quem tiver idade entre 18 e 70 anos. Dona Josefa tem 73 anos e, por isso, não é mais obrigada a votar. Mas mesmo assim faz questão de continuar exercendo esse direito “A gente vai votar para ver se elege um que faça alguma coisa pela cidade”, diz.
Quem não for votar, terá que justificar a ausência a partir de segunda-feira (5) em qualquer cartório eleitoral. O prazo máximo para justificativa de ausência é de 60 dias. A venda de bebidas alcoólicas está proibida desde às 18h de sábado até 20h de domingo. O policiamento será reforçado durante a votação.
“No dia da eleição, a propaganda é silenciosa, [o eleitor] pode usar um botom, um adesivo. Boca de urna continua proibida, é considerada crime essa conduta e pela legislação eleitoral será reprimida. Também reuniões e aglomerações que caracterizem manifestações políticas também serão proibidas”, ressalta o juiz Raimundo.
Para votar, o eleitor precisa levar o título acompanhado de documento oficial com foto.
