Pela primeira vez em dez anos, CVM não recebe pedidos de IPO até fevereiro

SÃO PAULO – A companhia de locação de veículos e equipamentos pesados Ouro Verde anunciou no fim da sexta-feira que fez à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) pedido de desistência de sua oferta pública inicial de ações (IPO), citando condições adversas dos mercados de capitais no Brasil e no exterior.

Nenhuma oferta pública inicial ou oferta subsequente foi encaminhada à CVM até agora neste ano, o que não acontecia desde 2004, segundo dados da Thomson Reuters. Muitas operações foram suspensas no ano passado por causa das condições adversas do mercado e provavelmente não vão se materializar nos próximos meses, afirmaram executivos de bancos e investidores.

 

A Ouro Verde havia adiado o IPO em agosto do ano passado a operação de cerca de US$ 400 milhões citando também condições desfavoráveis dos mercados. A empresa paranaense havia feito o pedido para IPO em meados de julho, em uma operação de distribuição primária e secundária coordenada por Itaú BBA, Credit Suisse, Santander e HSBC.

A Ouro Verde junta-se a um grupo de empresas que engavetaram operações de emissão de ações este ano, que incluem nomes como Votorantim Cimentos, Unidas e Fras-le, e reforça um quadro em que a oferta de ações no Brasil vive seu pior começo de ano em mais de uma década, num sinal de erosão da confiança dos investidores sobre o país.

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