O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) deferiu uma ação cautelar em favor do prefeito cassado dePaulínia, Edson Moura Júnior (PMDB), determinando a volta imediata do político ao cargo. O peemedebista teve o mandato cassado pela juiza eleitoral de Paulínia, Márcia Yoshie Ishikawa, no último dia 7 de abril. Na segunda-feira (14), o presidente da Câmara de Vereadores da cidade, Marcos Roberto Bolonhezi (PP), o Marquinho Fiorella, assumiu interinamente a Prefeitura.
Moura Júnior voltou a ser prefeito de Paulínia, mas ainda é réu na ação de impugnação de mandato. A decisão da desembargadora Diva Malerbi, no TRE, apenas possibilita ao político não deixar o cargo para responder ao processo . Segundo o despacho, a magistrada decidiu deferir o pedido para “evitar a alternância na chefia do Poder Executivo Municipal, visando a preservação da estabilidade política local”.
Fiorella, que ficou apenas um dia no cargo de prefeito, decidiu não promover nenhuma alteração nas secretarias, já que aguardava a decisão do TRE. No entanto, o secretário de Indústria e Comércio, Wilson Machado, decidiu deixar o cargo. Ninguém foi nomeado para assumir a pasta.
Cassação de Moura Júnior
A juíza Márcia Yoshie Ishikawa cassou o mandato de Moura Junior, e do vice dele, Francisco Bonavita Barros, por fraude na substituição de candidatos às vésperas das eleições municipais de 2012.
Na decisão, ela sustenta que apesar da troca de Edson Moura – barrado pela Lei da Ficha Limpa – pelo filho Moura Júnior ter sido feita dentro do prazo, foi com intuito de confundir o eleitor, “que além de não ter a ciência da referida substituição, sequer teve tempo de conhecer o candidato substituto, suas propostas e planos de governo”, diz o texo.
A cassação ocorreu após ação de impugnação de mandato eletivo, mas o processo corre em segredo de Justiça. De acordo com a magistrada, os eleitores não tiveram ciência de que a substituição ocorreria, pois, no mesmo dia, poucas horas antes, foi realizada caravana em favor do candidato substituído.
